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sábado, 6 de fevereiro de 2016

O LIMITE DA TOLERÂNCIA

PIB BRASILEIRO - 2015 ESTIMATIVA FMI
2015 Foi um ano horrível para o povo brasileiro! Após diversos anos de crescimento económico elevado, em média anual de 4,4% no período de 2004 a 2011, o Brasil entrou em recessão no final de 2014, como resultado de uma acumulação de más politicas internas. Os indicadores económicos foram sucessivamente revistos em baixa ao longo de 2015, por diversas entidades, entre as quais a Standard & Poor`s, que perspetivou no final desse ano, queda de 3,2% para 2015, e de 2% para 2016. Previsões confirmadas pelo governo brasileiro em Novembro último, reafirmando esperar fechar o ano com uma queda do PIB de 3,1%. O pior resultado dos últimos 25 anos! O último ano em que o PIB brasileiro sofreu uma queda superior a 3% foi em 1990, com 4,35%! Parece inevitável que a recessão será muito mais profunda e duradoura que o inicialmente esperado. Os brasileiros já estão a sofrer o impacto através de uma inflação elevada em serviços e bens essenciais, que deve superar os dois dígitos também em 2016, na desvalorização do real, no aumento do desemprego, nas elevadas taxas de juro e na perda de poder de compra.

COLEÇÃO DE MOEDAS
Colecionismo é um fenómeno muito interessante! O que é que move uma pessoa adulta, bem formada, a colecionar, por exemplo, pacotes de açúcar? Ou miniaturas de automóveis? Será uma obsessão? Paixão? Vicio? O homem pré-histórico já guardava artefactos necessários à sua vida quotidiana, mas esse ajuntamento de objetos, tornava-o colecionador? As opiniões divergem, os arqueólogos atribuem esse hábito de guardar os artefactos à necessidade de sobrevivência. Não obstante as divergências de opinião, é consensual a ideia da existência do colecionismo na época anterior a Cristo, em que o imperador Caio Júlio César, governante romano entre 69 A.C. e 44 A.C, já era, historicamente comprovado, um colecionador fascinado pela arte grega. Coleciona-se principalmente por prazer, por diversão, mas também pode ser, por investimento. Como as coleções de selos, de moedas ou as de quadros! Tudo é colecionável, depende da motivação e do interesse do colecionador. Além das coleções mais tradicionais já referidas, as mais conhecidas são as de banda desenhada, postais, cromos, ou discos de vinil. Algumas coleções recebem nomes específicos como a de moedas - numismática, selos – filatelia, ou livros - bibliofilia. Em alguns casos o colecionismo é muito mais do que um prazer, um passatempo, ou mesmo um investimento. Colecionar pode ser enriquecedor na aquisição de conhecimentos ao nível das artes, geografia ou história, como na filatelia temática ou na numismática. As tarefas associadas ao ato de colecionar acabam por proporcionar benefícios aos colecionadores, desenvolvendo-lhe capacidades de observação, de raciocínio, de análise entre outros, tornando-os indivíduos mais organizados.

CADERNETA DE CROMOS
MUNDIAL DE FUTEBOL 1982
Desde muito cedo me interessei pelo colecionismo! As minhas primeiras coleções foram de cromos e ainda me recordo da última coleção que completei: Mundial de futebol de 1982. Mas o que realmente me interessava nessa época era a BD! Nos finais dos anos setenta do século passado lia praticamente tudo o que conseguia arranjar, quer através das compras, pouquíssimas, quer através de trocas ou empréstimos, muito vulgares na época. Mas isso só não me satisfazia! Gostava de ter as revistas impecáveis e as trocas ou empréstimos não me davam essa garantia! Pelo que muito cedo decidi comprar e guardar, iniciando desta forma a minha coleção, que continua a “engordar” até aos dias de hoje, passados mais de três décadas. 


TEX EDIÇÃO BRASILEIRA

Como a grande maioria das pessoas não possuo recursos financeiros ilimitados, pelo que, infelizmente, tive de fazer opções. Atualmente apenas coleciono as edições brasileiras de Tex e Zagor! Parece pouco mas não é! Basta pensar que só Tex têm dez coleções em publicação, a que acrescem as duas de Zagor. TEX OURO (TXO), TEX EDIÇÃO HISTÓRICA (TEH), TEX COLECÇÃO (TXC), TEX EM CORES1 (TEC) E TEX GIGANTE EM CORES publicam histórias já publicadas anteriormente em outras coleções, que acrescentam apenas algumas particularidades, como as capas ou matérias inéditas, novos formatos, ou a colorização.


Então, se o manter destas coleções é muito dispendioso, e se quase metade delas são repetições de outras, que já possuo, o que é que me motiva a mantê-las?

Ser colecionador é ser um pouco irracional! Irracional no sentido de fazer determinadas compras que a maioria não compreende. Principalmente em situações de grave crise económica, como a que o Brasil atravessa, e a que Portugal têm sentido nos últimos anos. E se gastar tanto dinheiro em revistas já é incompreensível para muitos, fazê-lo em revistas cujas aventuras já li, e que possuo em outras publicações, mais inexplicável é! Não é por considerar um investimento! Para esse fim existem outros tipos de produtos que considero mais adequados! A única explicação que encontro é o prazer de possuir tudo o que for publicado do personagem no Brasil. Objetivo a que me propus há muitos anos atrás. Como agravante o facto de não ler todas as republicações, apenas aventuras de que gostei particularmente ou quando não tenho outras opções. Deste modo é normal passarem-se largos meses sem ler nenhuma das coleções de republicações! A última encomenda que recebi do Brasil apenas me trouxe sete edições originais, pelo que rapidamente foram “devoradas”. Voltei-me assim para os TXO 78 e 79, com excelentes capas cartonadas, muito bonitas, mas com um preço extremamente elevado. Compensa pela apresentação e pelo facto de serem histórias completas! Pensei eu antes de folhear a revista, mas rapidamente mudei de ideia ao fazê-lo.

PÁGINAS 40 E 41 DE TEX OURO 78 TÊM UMA IMPRESSÃO TÃO CARREGADA QUE DESTRÓI COMPLETAMENTE A ARTE DO DESENHADOR.
Que porcaria! Como é possível colocarem revistas nestas condições à venda e com um preço tão elevado? Será que a editora não faz uma prova antes de enviar o material para a impressão? E o controlo de qualidade? Não funciona ou não existe? O que é que adianta dotar a revista com um excelente capa se depois o miolo se apresenta com uma impressão deplorável? Mais incompreensível se torna por os responsáveis da editora serem Helcio de Carvalho e Dorival Vitor Lopes! Pessoas com um largo passado ligado à BD, amantes da nona arte aos quais a BD brasileira muito deve nas últimas décadas! Uma história de BD é uma novela gráfica em que o texto e o desenho são igualmente importantes! Muito raramente uma aventura é considerada uma excelente história só por ter um excelente texto ou desenho. Como é que a editora espera conquistar novos leitores se destrói completamente cinquenta por cento dos atrativos da publicação?

PÁGINAS DE TXO 79, A MESMA IMPRESSÃO CARREGADA DE TXO 78. SENÃO EXISTISSE INFORMAÇÃO NO CARTUCHO DA 1ª VINHETA NINGUÉM ACREDITARIA QUE A AÇÃO DECORRIA NUMA MANHÃ.
ALMANAQUE TEX 32
A Mythos assumiu a publicação de Tex no Brasil em Janeiro de 1999 sucedendo à Globo, mantendo a numeração das coleções existentes em respeito pelo personagem e pelos leitores e em apenas dois meses consegue publicar a sua primeira coleção: TEX GIGANTE. Com cinquenta anos de histórias do personagem à disposição a editora decide apostar em força e, ao longo dos anos, os títulos vão chegando ao mercado. Alguns deles entretanto cancelados, como TEX ESPECIAL DE FÉRIAS, TEX E OS AVENTUREIROS e OS GRANDES CLÁSSICOS TEX (OGCT). Em minha opinião a pior coleção lançada pela editora pois considero-a uma reedição desordenada TEH! Em Maio de 2007 com a publicação do ALMANAQUE TEX 32 a editora cumpre um dos objetivos que se tinha proposto: publicar todas as histórias do personagem que se mantinham inéditas. Passados desassete anos, fruto da existência das inúmeras coleções que publicam histórias das diversas fases do herói, a Mythos já publicou pelo menos por uma vez, 99%2 das aventuras de Tex Willer. Deste modo, o colecionador fiel a todas as coleções que a editora colocou no mercado, se as mesclar, dispõe da quase totalidade das aventuras publicadas em quase sessenta e oito anos de existência. É obra!

Apesar de considerar globalmente positivo o trabalho da editora não consegui ficar indiferente à péssima qualidade de TXO 78 e 79, pelo que decidi verificar as outras coleções, esperançado que se tratasse de um caso isolado. Infelizmente é muito mais grave! Várias edições de TXO, TEH e TXC apresentam impressões horríveis, o que me leva a questionar: Será que vale a pena continuar? Para quê desperdiçar dinheiro se já tenho as histórias e se as edições de há vinte ou trinta anos têm melhor impressão que as atuais? Confesso que estou a atingir o meu limite, em o prazer de possuir as coleções completas não justifica o preço que estou a pagar por uma qualidade tão baixa. Quantos outros colecionadores não estarão próximos desse limite?

Esmiuçando os problemas das diversas coleções, começando pelo TXC3. 

TEX COLEÇÃO 364 COM DESENHOS DE CLAUDIO VILLA. CONSEGUE IDENTIFICAR O TRAÇO?
TEX 247 COM UMA IMPRESSÃO
 BEM NÍTIDA
As pranchas apresentarem-se com uma impressão demasiada carregada, escurecida, escondendo detalhes, iludindo o leitor sobre o momento da ação e, em alguns casos, destruindo completamente a arte do desenhador, é o principal problema desta publicação. Os desenhadores mais afetados são os que mais detalham os desenhos, e que mais utilizam o preto, como Ortiz ou Fusco. Mas não só, até os artificies da nona arte mais apreciados atualmente, como Fabio Civitelli ou Claudio Villa, vêm os seus trabalhos completamente ofuscados em algumas edições, para não utilizar uma expressão mais gravosa. Outro problema que afeta esta coleção é a falta de nitidez! Os desenhos parecem desfocados, se conjugado com a impressão demasiado escura... Uma fase em que se encontram os desenhos desfocados e escurecidos é entre o 361 e o 369. Segue-se uma fase em que apenas se encontram as pranchas demasiadas escurecidas, entre os números 370 e 390. Voltando a piorar após o 391.

TXC 391 IMPRESSÃO ESCURECIDA,
FOSCA NUM PAPEL POUCO BRANCO
Curiosamente, o papel utilizado nesta coleção até é de uma boa gramagem, pecando apenas pela falta de brancura em algumas edições. Falta referir a numeração das páginas que considero apenas um pormenor: Existiam falhas até ao 369, por vezes não existia numeração, outras a falta do logotipo. Aspeto que aparentemente foi corrigido! Depois desse número todas as revistas incluem a numeração com o logotipo! Para comprovar o que afirmo recomendo a observação do 364, “O rancho dos homens perdidos” de Villa, do 366, “A caverna dos Thugs” com Galep, ou, “O sangue no rio” de Fusco. Três desenhadores de inegável qualidade, que nestes trabalhos estão praticamente irreconhecíveis devido à péssima qualidade gráfica, ou ao trabalho de pré-impressão.




TEH 78
TEH4 apresenta os mesmos defeitos, mas de uma forma bem mais ligeira, em que o principal problema continua a ser a impressão muito escura. No entanto, este escurecimento das pranchas apenas é observado em partes das histórias e não nas edições completas, como acontece em TXC. Quanto a imagens desfocadas, apesar de existirem, a quantidade é negligenciável. Nos números 84 e 88, incompreensivelmente, foi utilizado um papel demasiado fino e que enruga junto à colagem. Não se percebe esta experiencia com um papel muito pior que o utilizado nas outras edições! Já a numeração das páginas com o logotipo da coleção é utilizada assiduamente desde o número 83. Histórias em que se podem observar os problemas indicados, salientam-se os seguintes números: 78, 80, 85, 87 e 88.
TXO 65 - CENAS DIURNAS
Quanto à coleção TXO5, as edições com papel fraquíssimo aumentaram! Nesta situação incluem-se os números 64, 65, 66, 71 e 75. O principal problema continua a ser a impressão demasiado carregada em quase todas as edições, no entanto, a desfocagem, a falta de nitidez, também estão presentes, principalmente nas edições 64 a 66 e 71 e 72, isto se excluirmos os TXO 78 e 79, que me despertaram para este problema, e que são, sem dúvida, as piores edições deste leque observado. A numeração com o logotipo da coleção foi recuperada em TXO 80, curiosamente, depois de em Maio de 2015, na rubrica “Correio do Oeste” do TEX 547, em resposta a uma observação de Thiago Ferreira Barbosa, os responsáveis da editora terem informado os colecionadores, e passo a citar, “...não dá para colocar a numeração. Os leitores têm de conviver com isso que, aliás, na nossa opinião não é um problema muito grave.” A questão que fica é: O que é que mudou na editora em tão curto espaço de tempo, que tornou importante, e possível, numerar as páginas com a inclusão do logotipo da coleção?


VINHETAS FOSCAS E ESCURECIDAS EM TEH 94
Poderia ter analisado mais edições mas penso que a amostragem é suficiente e significativa. Nos últimos anos estas três coleções perderam qualidade, apresentam frequentes problemas de impressão, como falta de nitidez ou impressão demasiado carregada, utilização de papel excessivamente fino ou escuro, e ausência ou erros de numeração nas páginas. Como agravantes, serem publicações caras e não publicarem histórias originais! TXC está a republicar o que saiu em TXO (TXC 396 intitulado de “Morte no rio” é uma reedição de parte da história de TXO 21, de Novembro de 2005) e TEH reedita o que saiu em TXC (“Little Rock” aventura publicada em Novembro de 2015 em TEH 94, é uma republicação dos números 238 a 240 de TXC, publicadas entre Novembro de 2006 e Janeiro de 2007). Quanto TXO, reedita pela primeira vez histórias que foram publicadas em TEX a partir do numero 195). O ultimo número de TXO, o numero 81, “A mascara do terror”, foi publicado entre Novembro de 2003 e Janeiro de 2004, nas edições 409, 410 e 411 de TEX. Se nos primeiros tempos da editora se justificava a existência das diversas coleções, pois existiam histórias que não eram publicadas há décadas, neste momento esse cenário já não se coloca, pois a editora publicou praticamente tudo o que diz respeito ao personagem. Sabendo que os colecionadores apreciam a qualidade, a apresentação, o detalhe, características que ultimamente estas publicações pouco têm apresentado, e os leitores dão mais importância à quantidade e ao preço, mas o elevado preço afasta-os, até porque se querem apenas a leitura, e se considerarmos que as aventuras que estas coleções publicam não são inéditas e estão à distância de um clique, basta procurar na NET, quem é o publico alvo destas coleções? Apenas um cada vez menor numero de colecionadores fanáticos nos quais eu me incluo, não sabendo no entanto, por quanto mais tempo vou continuar. 

CENAS DIURNAS EM TEH 88 - IMPRESSÃO EXCESSIVAMENTE CARREGADA
O que é mais intrigante é que nas coleções de originais estes problemas raramente acontecem! As revistas têm normalmente uma boa impressão, com a tonalidade adequada e estão numeradas. Então se é possível fazer bem nessas coleções e em determinadas fases nas coleções de reedições, porque não fazê-lo sempre? Se determinado papel é utilizado de forma satisfatória em determinadas coleções, porque fazer experiências com outro papel, como o que foi utilizado na quase totalidade das edições de TEX entre o 521 e 531, em ALMANAQUE TEX (ATX) 45, e nas edições já identificadas em TXO e TEH? Para fazer um teste não é necessário colocar a revista nas bancas, basta efetuar uma prova!

Não tenho dúvidas, se as publicações Bonelli continuam nas bancas brasileiras e portuguesas muito se deve ao esforço e dedicação da Mythos. Basta observar como a Panini tratou “A FACE OCULTA” em que publicou apenas duas edições, cancelando-a de seguida por não atingir as objetivos pretendidos, para perceber que a Mythos trata os personagens de outra forma. Mas isso não a torna imune a críticas, pois têm cometido muitas falhas nos últimos anos! À falta de qualidade de diversas edições e coleções, juntam-se decisões editoriais que considero incompreensíveis e mesmo auto-destrutivas6. Como o elevado número de coleções de Tex em publicação, em que promove a concorrência entre os próprios produtos. Como senão bastassem as existentes, a editora prepara-se para o lançamento de uma nova coleção: TEX PLATINUM. Mais uma republicação, esta de TEX ANUAL. Este lançamento denota outros aspetos em que a editora deve melhorar rapidamente! A decisão sobre o tipo de produto que vai colocar no mercado e a divulgação e publicitação dos seus artigos! Somente a 01 de Fevereiro, no blogue do Tex, com a atualização das datas de lançamento das coleções para 2016, os fãs têm conhecimento da existência da referida coleção. Relativamente a este assunto o site oficial da editora continua “mudo” quando deveria ser o principal instrumento de divulgação! Nesse mesmo POST, no comentário efetuado pelo editor, tomamos conhecimento que ainda não está definido o formato, pois está dependente do preço. Tudo isto a decorrer no mês que se prevê o lançamento. O atraso no lançamento das publicações é outro ponto que carece de atenção por parte da editora pois têm sido demasiado frequente.

Os problemas nas revistas aqui identificados, e as falhas da editora não são novidade, sempre ocorreram, mas não com a intensidade dos últimos tempos, e fosse por paixão, por vício, por obsessão, ou qualquer outro sentimento que mova os colecionadores, estes sempre compraram as publicações, negligenciando esses aspetos. Então qual é a novidade?

PREVISÃO PIB BRASIL 2016
A novidade foi o ano de 2015 ter sido o pior dos últimos 25 anos em termos económicos, milhares de brasileiros terem perdido os seus empregos e poder de compra, e infelizmente, contrariando todas as previsões de todas as entidades ao longo do ano transato, 2016 não será melhor! E 2017 será apenas, na melhor das hipóteses, um ano de estagnação! Quem o afirma são o Banco Mundial e o FMI em previsões realizadas em Janeiro de 2016. Esta combinação de fatores leva os colecionadores a tornarem-se mais racionais nas suas decisões, mais seletivos nas suas compras, e mais intolerantes perante os problemas com as publicações, pelo que os produtos que não apresentem qualidade, ou um excelente preço, estarão na linha da frente para o insucesso, onde se incluem atualmente TEH, TXC e TXO, pois não apresentam nenhum desses atributos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Em situação normal receberia com muito agrado a notícia de uma nova coleção de Tex, no entanto, após ter observado com detalhe a qualidade das coleções de reedições, receio que TEX PLATINUM seja apenas mais uma coleção em formatinho, impressa em papel de jornal de fraca qualidade e com preço elevado, que apenas desperte o interesse de quem não possui os primeiros números de TEX ANUAL. 

LEGENDA:
1 O blogue do Tex informou que TEC vai sofrer uma pausa na publicação durante o ano de 2016.

2 A Mythos apenas falta publicar 3 histórias antigas do TEX mensal italiano: “Missão em Silver Bell” TEX 56, “Sangue em Buck Horn” TEX 58 e 59 e, “O medalhão espanhol”, TEX 364.

3  Analisadas as revistas desde o Nº 361, de Julho de 2014.

4   Analisadas as revistas desde o Nº 73, de Setembro de 2007.

 Analisadas as revistas desde o Nº 61, de Julho de 2012.

Outro exemplo de decisão editorial, no mínimo incompreensível, foi a manutenção de OGCT após lançamento de TEC em Outubro de 2009, em clara concorrência a essa nova coleção, pois publicava as histórias da mesma época, diferindo apenas na apresentação (preto e branco, formatinho, histórias completas, qualidade do papel e preço inferior). Na época, num texto intitulado de RECOMEÇAR coloquei em dúvida o sucesso dessa publicação e que a manutenção das duas, poderia levar ao insucesso de ambas. Após seis números do TEC a Mythos anunciou o cancelamento de OGCT reconhecendo a evidência da incompatibilidade de existência das duas publicações.

REFERENCIAS:





3 comentários:

  1. Boa noite,

    Excelente análise, no qual estou totalmente de acordo, caro e péssima qualidade, ao qual se deve acrescentar o estado em que muitas revistas chegam aos nossos pontos de venda.

    ffaísca

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  2. Eu já não compro nada da Mythos há alguns anos porque a qualidade tem vindo a diminuir drasticamente. Além disso, desde que existem as edições gigantes italianas de Tex e Zagor (collezione storica a colori) já não quero voltar ao formato pequeno a preto e branco.

    Emanuel Neto

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  3. Poxa vida, concordo contigo. O prazer de colecionar algo é poder apreciar a qualidade e a sua continuidade, principalmente histórias em quadrinhos. Recentemente tenho firmado um acordo comigo mesmo de colecionar apenas Tex Coleção, por apresentar as histórias na ordem cronológica original da Itália, por isso deixei de adquirir alguns clássicos da extinta editora Vecchi. Mas percebo também que a impressão mais antiga está superior à atual da Mythos. Isso é um desalento, pois até apresentam uma bela capa, uma lombada elegante, mas não dá pra apreciar um desenho de Cláudio Villa com uma impressão dessas de jeito nenhum, ou traços muito detalhados de Alberto Giolitti, que sempre foi muito preciso, tornando-se desfocados e muito pesados no preto.
    Talvez seja a hora de excluir algumas coleção e dar atenção especial à qualidade das que continuarão. Pois a Mythos já publicou algo sobre a queda nas vendas, e se depender dessa qualidade gráfica vai perder tanto novos colecionadores quanto antigos.
    Até mais.
    Para finalizar, devo dizer que também estou repensando essa minha determinação de seguir Tex Coleção.

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